Gabarito de Língua Portuguesa - PET Volume 7 - 8º ano
GABARITO PET 7 – 8º ANO – Profª
Bárbara Marinho
SEMANA 1
01 - Leia o
texto a seguir.
Coronavírus:
os quatro tipos de vacina contra covid-19 e o que falta para ficarem prontas
André
Biernath
Da BBC
News Brasil em São Paulo
21 outubro 2020
A busca por uma vacina contra a
covid-19 se tornou uma maratona em tempo real envolvendo universidades,
farmacêuticas e governos.
CoronaVac, Sputnik, Novavax… Nos
últimos meses, esses termos relacionados à busca por uma vacina contra a
covid-19 passaram a fazer parte de nosso vocabulário. Afinal, é consenso entre
os especialistas que um imunizante seguro e eficaz será a única forma de acabar
de vez com a pandemia, com a diminuição definitiva dos números de casos,
hospitalizações e mortes.
Não é exagero dizer, portanto, que
acompanhamos em tempo real uma corrida contra o relógio: laboratórios farmacêuticos,
universidades, centros de pesquisa e governos do mundo todo trabalham dia e
noite para desenvolver uma solução capaz de nos resguardar contra o Sars-CoV-2,
o coronavírus responsável pela crise sanitária global.
Em seu último relatório, publicado
no dia 19 de outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 44
candidatas à vacina estão nas fases 1, 2 ou 3 de estudos clínicos, que envolvem
testes com seres humanos. Há ainda mais de uma centena de outras formulações na
etapa pré-clínica de pesquisas, com células e cobaias.
Mas como elas funcionam? Como agem
em nosso organismo? E o que falta para finalmente chegarem à população? De
maneira geral, podemos dividir os imunizantes contra a covid-19 que estão mais adiantados
em quatro grandes grupos, como você confere a seguir.
Vacinas
com vírus inativado
Desenvolvidos há cerca de 70 anos,
esses imunizantes são feitos a partir do próprio vírus (ou da bactéria, se for
o caso). Ele suscita uma resposta de nosso sistema de defesa, que fica
preparado para reagir adequadamente diante de uma infecção de verdade.
Mas se o próprio causador da
enfermidade está presente na formulação, como é que ele não provoca a doença?
"São utilizadas técnicas de
laboratório que inativam o agente infeccioso, de modo que sua replicação se
torne inviável. Mesmo assim, isso produz a reação imunológica desejada",
explica a microbiologista
Natalia Pasternak, presidente do
Instituto Questão de Ciência.
Muitas das vacinas que tomamos de
rotina, como aquelas que protegem contra a hepatite A, a gripe e a poliomielite
(na versão injetável), fazem parte dessa turma. O principal ponto positivo aqui
é a experiência de décadas e mais décadas de seu uso na saúde pública.
A desvantagem delas está no custo e
no tempo mais demorado de produção. (...)
Vacinas de
subunidade proteica
Por que usar o vírus inteiro se você
pode selecionar apenas um pedacinho dele ou construir uma partícula sintética,
parecida com a original? Esse é o raciocínio por trás do desenvolvimento dos
imunizantes de subunidade proteica.
"A vacina que resguarda contra
a hepatite B é um exemplo dessa tecnologia", lembra a imunologista Cristina
Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de
Porto Alegre e membro do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de
Imunologia.
Uma característica das vacinas deste
grupo é que elas geralmente precisam vir acompanhadas de uma substância
adjuvante, outra proteína que dá um reforço e estimula uma resposta mais
contundente do sistema imunológico. (...)
Vacinas
baseadas em RNA
Mais modernas, elas são construídas
a partir de informações genéticas para conferir uma proteção contra determinada
doença. Funciona assim: no laboratório, os cientistas selecionam alguns genes do
vírus e fazem modificações nele.
Esse material é injetado no
organismo e passa instruções para que as próprias células fabriquem proteínas
virais. O sistema de defesa, por sua vez, reconhece aquela informação como uma
ameaça e gera uma resposta imune.
Até o momento, não existe nenhuma
vacina registrada e utilizada em larga escala deste tipo. (...)
Vacinas
com vetor viral não replicante
Cristina Bonorino define esse grupo
como "moléculas Frankenstein". "A gente utiliza a casquinha de um
outro vírus, que não causa doença e nem se replica, e colocamos dentro
informações do material genético do coronavírus", conta a médica. (...)
O que
falta para elas ficarem prontas?
Todas as candidatas à vacina citadas
ao longo da reportagem estão iniciando ou em meio à fase 3 dos testes clínicos.
Nesse momento, o objetivo é aplicar o imunizante em milhares de voluntários e acompanhá-los
por determinado período de tempo. (...)
Para determinar o momento em que os
testes podem ser finalizados, os autores definem uma quantidade mínima de
eventos. "Nesse contexto, um evento é quando uma pessoa que faz parte do
estudo fica doente e tem diagnóstico confirmado de covid-19", diz Natália.
Vamos pegar o exemplo da CoronaVac,
elaborada pela Sinovac e pelo Instituto Butantan: de acordo com as informações
publicadas no ClinicalTrials.Gov, site do governo americano que registra os
estudos clínicos, os testes serão concluídos quando for atingida a marca de 150
eventos. A data para finalizar todo o estudo está agendada para outubro de
2021.
Mas como então governantes e
gestores públicos dizem que a vacina começará a ser produzida e distribuída já
em dezembro de 2020? "Os fabricantes farão análises interinas, com um
número menor de eventos registrados. Se os resultados parciais forem robustos,
eles já pedirão uma aprovação emergencial para as agências regulatórias",
antecipa Natalia.
Cristina Bonorino vê essa
antecipação ensaiada por governos e empresas com ressalvas. "Precisamos respeitar
o protocolo. É temerário você liberar qualquer vacina sem os resultados
completos.
Por mais que as agências
regulatórias e os cientistas sofram pressão, devemos esperar para ter certeza de
que aquele produto vai funcionar de verdade", afirma. (...)
Por fim, é preciso levar em conta
que a aprovação de uma vacina, qualquer que seja, não significa que ela estará
disponível prontamente. "A liberação significa o início da fabricação em
massa, da organização de campanhas, do treinamento das equipes de saúde, da
organização das cadeias de transportes… E isso tudo leva tempo",
acrescenta Natalia.
Na corrida para acabar com a
pandemia, as próximas análises preliminares dos estudos de fase 3 são
aguardados com ansiedade para os próximos meses. Em meio a tantas expectativas,
projetos e promessas, é preciso tomar cuidado para que nenhum concorrente
queime a largada.
Disponível
para https://www.bbc.com/portuguese/geral-54625341. Acesso em 22 out. 2020.
A reportagem é um gênero discursivo que
apresenta informações sobre temas específicos, caracterizando pela observação
direta dos fatos. É o resultado, portanto, da atividade do repórter.
02 - Responda às questões abaixo a respeito da reportagem que
acabou de ler.
a) O objetivo da reportagem fica claro logo no primeiro
parágrafo. Qual é ele?
R:
Informar sobre as vacinas contra a COVID-19.
b) Quais são as informações apresentadas no texto acima sobre os
quatros tipos de vacina contra o covid-19?
R: As
informações apresentadas são sobre o modo como as vacinas estão sendo
desenvolvidas, isto é, a matéria utilizada em cada uma.
c) A reportagem é introduzida por uma fotografia. Essa
fotografia apresenta de modo adequado as informações veiculadas na matéria?
Justifique.
R: Sim,
pois a imagem mostra várias seringas como se fossem um exército pronto para
combater o vírus.
d) De que maneira o autor da reportagem evidencia a validade da
informação apresentada?
R: O autor
da reportagem evidencia a validade da informação apresentada por meio de
citações de falas de especialistas.
e) Percebe-se a preocupação do autor do texto, em trazer, para o
leitor, informações sobre as vacinas contra a covid-19. Transcreva do texto
pelo menos três passagens em que André Biernath manifesta sua preocupação sobre
a produção da vacina. Que efeito essa opinião pode ter sobre o leitor do texto?
Explique.
R: “Afinal,
é consenso entre os especialistas que um imunizante seguro e eficaz será a única forma de acabar de vez com
a pandemia”; “E o que falta para finalmente
chegarem à população?”; “Na corrida para acabar com a pandemia, as próximas
análises preliminares dos estudos de fase 3 são aguardados com ansiedade para os próximos
meses.”
Essa opinião pode deixar o leitor
ansioso e preocupado com a chegada das vacinas. As palavras em destaque
reforçam essa ideia.
SEMANA 2
01 - Leia o poema abaixo.
02 - Responda às questões a seguir.
a) O poema é construído a partir da ideia da escolha. Qual é a
palavra que introduz essa ideia entre um e outro elemento?
R: A palavra
que introduz essa ideia entre um e outro elemento é “ou”.
b) Nos versos “Ou se
calça a luva e não se põe o
anel,/ou se põe o anel e não
se calça a luva!”. A palavra e
estabelece entre as orações uma relação de adição ou de oposição? Justifique.
R: A palavra
e estabelece entre as orações uma
relação de oposição, pois entendemos que uma ação anula a outra, isto é, é
oposta a outra – calçar a luva é o oposto de colocar o anel e vice versa.
Assim, quando escolhemos um, automaticamente, não escolhemos o outro, pois são
ações opostas.
c) Observe o emprego da palavra mas no verso “Mas não consegui entender
ainda”.
- No poema, ela se relaciona com alguma palavra,
especificamente, ou com a situação, isto é, com tudo o que foi dito
anteriormente no texto? Justifique.
R: No
poema a palavra “mas” relaciona-se com tudo o que foi dito anteriormente no
texto, pois o eu-lírico expõe suas escolhas e diz que ainda não entendeu o que
quer diante de todas elas.
- Qual é o papel da conjunção mas no poema?
R: A
conjunção “mas” estabelece uma relação de oposição entre as ideias do texto, ou
seja, o eu-lírico, inicialmente, colocou suas possíveis escolhas e, em
contraste, diante delas, não soube escolher.
d) O poema apresenta reflexões sobre as escolhas que cada um de
nós tem de fazer a todo instante na vida.
- Qual conjunção foi empregada no poema para transmitir a ideia
de que viver é fazer escolhas, sendo que uma escolha se opõe a outra e, por
isso, só é possível ficar com uma das opções?
R: A
conjunção coordenativa alternativa “ou”.
- Que versos do poema expressam o desejo que o eu lírico tem de
reunir as duas opções, sem ter de abandonar uma delas?
R: “É uma
grande pena que não se possa / estar ao mesmo tempo nos dois lugares!”
e) Você concorda com a ideia de que viver é a arte de fazer
escolhas? Justifique.
R:
Resposta pessoal.
SEMANA 3
01 - Leia o texto a seguir.
Como
as malas se perdem nos aeroportos?
Pelas estatísticas, não parece um
grande problema: 99% da bagagem aérea do mundo chega ao destino. Acontece que
1% restante representa uma pilha anual de 8 milhões de volumes, que somem por
causa de procedimentos padrão ou por erros de percurso.
A maioria dos sumiços é uma questão
de etiqueta – o adesivo identificador colado na hora do check-in é a única
informação sobre o destino na mala. Se a etiqueta estiver errada ou se cair
durante o embarque e o desembarque, a mala vai para um lado e o dono para
outro. Mas às vezes o dono da bagagem também tem culpa: se a mala é despachada
tarde demais, pode ficar pelo caminho por restrições de peso permitido. Conforme
o check-in avança, os quilos a mais vão se acumulado e só mais tarde
descobre-se que algumas bagagens não podem entrar porque o limite de carga do
avião foi ultrapassado.
As malas desgarradas são normalmente
reunidas em grandes depósitos bancados por muitas empresas. Por causa da
quantidade de volumes, pode demorar semanas até que a mala volte de um desses
lugares para o seu dono. Como cada devolução de mala perdida custa em média US$
100 para as companhias – US$ 8 bilhões por ano -, elas estudam medidas para
diminuir as perdas, como banco de dados global e trocar as etiquetas por chips
com radiofrequência.
Fonte:
Superinteressante. São Paulo. n. 267, p.52. jul. 2009. (Fragmento).
02 - Responda ao que se pede.
a) Segundo o texto, o volume de bagagens perdidas nos aeroportos
ainda não é alarmante, mas não deixa de ser elevado. Como se explica o desvio
de grande número de malas?
R: O
desvio de malas é explicado por dois motivos: a etiqueta que identifica a mala
pode estar errada ou se perder e as pessoas que despacham suas malas de última
hora podem ficar sem elas, pois o limite de carga do avião foi atingido.
b) Na terceira oração, “ou
por erros de percurso”, que sentido expressa a conjunção destacada?
R: A
conjunção “ou” expressa sentido de alternância.
c) No trecho, “Conforme o check-in avança, os quilos a mais vão
se acumulado”. Que outra(s) conjunção(ões) subordinativa(s) pode(m) substituir conforme na oração, conservando
o mesmo sentido? Explique.
R: A
conjunção “conforme” expressa a ideia de conformidade, de acordo com algo.
Assim, pode ser substituída por, “de acordo com”, “segundo”, “consoante” e “como”.
d) Transcreva do final do segundo parágrafo a oração introduzida
pela conjunção porque. Essa conjunção
exprime sentido de causa ou explicação? Por quê?
R: “porque
o limite de carga do avião foi ultrapassado”. Essa conjunção exprime sentido de
explicação, pois a oração explica o motivo de algumas bagagens não poderem
entrar nos aviões.
SEMANA 4
02 - Responda às questões sobre o texto que acabou de ler.
a) No início do texto, o autor nos faz quatro perguntas. Agora
chegou a sua vez de respondê-las.
- Grafite é um movimento cultural? Sim.
- Grafitar é um ato de vandalismo? Não.
- Grafite não é uso comum de espaço urbano? Não.
- Grafite é arte? Sim.
b) Algumas pessoas confundem grafite e pichação. Diferencie um
movimento do outro.
R: O
grafite é uma arte autorizada a ser feita em espaços públicos, a pichação é um
ato de vandalismo, pois não possui autorização para ser feita.
c) A partir da leitura do texto, escreva com suas palavras as
características do grafite.
R: O
grafite é uma forma de arte contemporânea de características essencialmente
urbanas. São pinturas e desenhos feitos nos muros e paredes públicos. Não é
simplesmente uma pichação, mas uma expressão artística. Tem a intenção de
interferir na paisagem da cidade, transmitindo diferentes ideias. Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/grafite-uma-forma-de-arte-publica.htm#:~:text=O%20grafite%20%C3%A9%20uma%20forma,da%20cidade%2C%20transmitindo%20diferentes%20id%C3%A9ias.
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